Ao abrir a porta da ferraria dei de cara com um pirata! Ele estava com ferros presos nos pulsos, pois as mãos dele estavam bem juntas. Ele tinha um lenço na cabeça e um chapéu que só capitães usam, tinha também uma pistola e uma espada. Ele tentava quebrar os ferros com uma pequena cerra. Quando ouviu o barulho da porta abrindo retirou a espada e como a ferraria tinha várias espadas eu também peguei uma.
– Ora essa, é só uma garota? – Disse o pirata.
– Eu posso lutar com você e garanto que você vai perder! – Respondi.
– Ninguém nunca me venceu e não será uma garotinha que vai me vencer.
Pois é, nós lutamos e não passou nem dois minutos para ele jogar minha espada longe.
– Ora, ora, ora. Ela perdeu a espadinha?
Quando ele disse aquilo eu fiquei com tanta raiva que peguei uma ferradura que havia ao meu lado e taquei na cabeça dele. E ele desmaiou na mesma hora.
– Por que não pensei nisso antes? – Me perguntei.
Só depois que o pirata estava desmaiado meu pai apareceu.
– O que houve? – Perguntou meu pai.
– Entrou um pirata aqui pai! – Era meio óbvio. – Vou chamar a polícia.
– Sim, faça isso Augusta.
A polícia veio e levou o pirata para a prisão. O pirata seria enforcado na segunda de manhã. Mas aquele pirata lutava como um profissional, como se ele lutasse e fosse a coisa mais natural do mundo. Eu gostaria de lutar como ele um dia. O meu maior sonho era ser capitã de um grande navio, cruzar os mares em busca de peças de ouro, ducados, dobrões, ou seja, um tesouro. Não dormi direito à noite, acho que fiquei mau por que o pirata seria morto. Então a sexta-feira finalmente chegou e adivinha quem veio me visitar, Tess. Ela chegou toda feliz e me disse...
CONTINUA...
Capítulo 4
Há 14 anos